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Ato final no estádio Mané Garrincha
Barack Fernandes | CONTAG
Brasil
SINDICATOS
5ª Marcha das Margaridas
Ato final no estádio Mané Garrincha
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Foto: CONTAG
Ao som de Aquarela do Brasil, mulheres do campo, da floresta e das águas fizeram florescer no estádio Nacional Mané Garrincha as Margaridas de autonomia, justiça, democracia, igualdade e liberdade.
Após a cerimônia especial, feita no campo do Estádio Nacional Mané Garrincha, começaram os discursos dos representantes da Coordenação Nacional da Marcha das Margaridas e da CONTAG.

A presidenta Dilma Rousseff, após seu discurso, fez questão de entregar, junto aos ministros presentes, as respostas para a pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas.

Alessandra Lunas, secretária das Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da 5ª Marcha das Margaridas, com seu grito de ordem “Seguiremos em marcha até todas sermos livres” deixou claro que as margaridas não aceitarão qualquer forma de golpe no país.

“Iremos às ruas quantas vezes for necessário para defender o Projeto que acreditamos, para defender a democracia, para dizer que as margaridas estão unidas contra qualquer forma de violência e preconceito contra a mulher”, afirmou.

Alexandra Lunas entregou à presidenta Dilma Rousseff um presente, um kit com vários objetos representativos da mobilização e da luta das mulheres, visando a garantir a visibilidade da mulher mesmo nos lugares mais distantes do Brasil e do mundo.

“Aqui estão vários objetos que revelam um pouco da nossa trajetória de luta, que incentivaram nossas companheiras a estarem aqui hoje vivendo um momento único e de muita emoção. Objetos construídos por tantas mãos unidas e que guardam o sentimento destas mulheres espalhadas por todo o Brasil e o Mundo”, ressaltou Alessandra.

No mesmo tom de respeito aos direitos da mulher, o presidente da CONTAG, Alberto Broch, trouxe palavras de encorajamento.

“Tudo que vimos aqui, que sentimos, que respiramos aqui, é o resultado de uma ação de milhares e milhares de margaridas. Mulheres que juntaram cada centavo, para assim, construírem seus caminhos para estarem aqui. São mulheres que saíram da invisibilidade para serem protagonistas das suas próprias histórias. Viva a luta da trabalhadora rural Margaridas Alves! Viva a luta das mulheres!!”, frisou Alberto.

Analu Faria da Marcha Mundial de Mulheres, em nome da Coordenação Nacional de Mulheres da Marcha, aproveitou para denunciar o machismo e o conservadorismo.

“Muitas vezes vemos explicitamente as ações machistas em vários lugares. Precisamos combater, precisamos dizer não a essas ações conservadoras, tão nítidas, até mesmo no próprio Congresso Nacional”, destacou Analu, abrindo uma reflexão sobre os atos truculentos e retrógados do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha.
Compromissos da presidenta Dilma Rousseff

Depois de cumprimentar as margaridas do norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste, a presidenta Dilma Rousseff, iniciou sua fala, destacando a decisão firme das mulheres em lutar por democracia, contra a violência e por dignidade.

Em seguida, a presidenta Dilma deu respostas concretas para a pauta de reinvindicações da 5ª Marcha das Margaridas, onde destacou:
  • O compromisso com a efetivação das patrulhas rurais Maria da Penha;
  • A ampliação dos serviços especializados de enfrentamento à violência contra as mulheres, fazendo menção à construção de um pacto federativo;
  • 1200 creches para o meio rural;
  • A assinatura do Decreto do Crédito Fundiário
  • 100 mil cisternas para alimentar os quintais produtivos;
  • 109 Unidades odontológicas para o campo, sendo 7 para as comunidades indígenas;
  • Para combater a morte materna no meio rural, a presidenta Dilma afirmou que capacitará mais de 200 parteiras. Além da capacitação, o governo distribuirá também kits com roupa especial para o atendimento pós-parto;
  • A presidenta Dilma ainda prometeu combater mais fortemente a violência contra mulher, mostrando estar alinhada à agenda de luta das mulheres que protagonizaram a 5ª Marcha das Margaridas.


Rel-UITA
13 de agosto de 2015
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