13 trabalhadores foram internados
Um novo vazamento de Amônia na BRF de Chapecó
O Que É Isso, BRF?
13 trabalhadores foram internados
Diretoria do SITRACARNES e médico. Da direta para a esquerda. Schneider, Jenir Ponciano (presidente), Dr. Roberto (Consultor em saúde Rel-UITA), Ari e Gilson (Foto: SITRACARNES)
No último dia 2 de julho, ocorreu um vazamento de amônia na Unidade da BRF de Chapecó. Utilizado na forma de gás, a amônia é fundamental para o processo de refrigeração na indústria da alimentação.
A exposição a grandes quantidades desta substância pode causar diversos problemas de saúde, em especial, aqueles relacionados ao chamado “trato respiratório”, ou seja, podem lesionar desde as narinas até os pulmões, porque ataca o tecido pulmonar, impede a formação de muco protetor e destrói os cílios que revestem os pulmões. Também é comum a presença de sintomas como dor abdominal, vômitos e até queimaduras químicas também. Em casos graves, pode levar à morte.
Apesar de o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados (SITRACARNES) de Chapecó e região não ter sido comunicado pela empresa do acidente, os trabalhadores telefonaram para o presidente do sindicato, Jenir Ponciano, e este se dirigiu imediatamente para a empresa, exigindo urgente atendimento médico a todos os trabalhadores.
“Tivemos a notícia de que 13 trabalhadores foram internados, e queremos acompanhar a evolução destes casos, com a garantia de atendimento de qualidade, para que ninguém fique com sequelas devido ao acidente”, informou Ponciano.
O médico Dr. Roberto Ruiz esteve no Sindicato, fazendo mutirão de atendimento médico no final de semana de 12 e 13 de julho, e como consultor em saúde da Rel-UITA, fazia chegar uma mensagem de apoio.
Segundo o Dr. Ruiz, «Há menos de um ano ocorreu um vazamento grave na empresa. Entretanto, como este novo vazamento já não é novidade, estamos querendo saber se a empresa não estará com dificuldades técnicas para organizar a prevenção contra novos vazamentos.
No vazamento anterior, vários trabalhadores foram intoxicados, e uma trabalhadora em especial, apresentou ‘insuficiência respiratória’, precisando respirar por aparelhos, tendo inclusive sofrido um procedimento de abertura da traqueia (traqueostomia) para poder respirar melhor.
Até hoje, esta companheira encontra-se afastada do trabalho mediante auxílio-doença concedido pela Previdência Social, e sofre de falta de ar mesmo quando precisa executar pequenos esforços.