MUJER

Tráfico humano, direitos privados

O tráfico de seres humanos não é somente um problema brasileiro, mas um fenômeno mundial que tem sido vivenciado por milhões de pessoas de diferentes lugares do mundo.

Tráfico humano, direitos privados
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Foto: SINTRIAL
O tráfico de seres humanos não é somente um problema brasileiro, mas um fenômeno mundial que tem sido vivenciado por milhões de pessoas de diferentes lugares do mundo.
Essas pessoas ficam submetidas a trabalhos forçados para gerar lucros aos grupos de exploradores. Esse crime chega a movimentar cerca de 32 bilhões de dólares por ano.

No Brasil o tráfico de seres humanos se encontra como a terceira maior fonte de renda gerada pelo tráfico. Perdendo somente para o tráfico de armas e drogas.

Segundo a OIT, no mundo cerca de 1 milhão de pessoas são traficadas por ano e as denúncias são maiores a cada ano.

O assunto foi um dos temas do 10º Encontro Nacional da Mulher da Alimentação, abordado ela coordenadora do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (CHAME), Jaqueline Leite.

«Existe uma grande violação de direitos nessa atividade e muitas mulheres traficadas são seres invisíveis para a sociedade, mas estamos desenvolvendo um projeto chamado Construindo Pontes de Luta contra a Exploração Sexual Comercial e Tráfico de Crianças e Adolescentes com o apoio de organizações de países latino-americanos como a Bolívia, Colômbia, Peru e Paraguai, que busca mostrar esse problema social à comunidade», informa.

Uma das atividades do projeto é formar jovens multiplicadores através de instituições que desenvolvem programas de promoção da cidadania.

«Criamos um ciclo de seis oficinas onde foram tratados assuntos de direitos humanos, exploração sexual, gênero e tráfico de pessoas. Concluímos o ciclo com um seminário em Salvador (BA), onde construímos estratégias e políticas de prevenção e defesa à exploração sexual e tráfico de pessoas que estaremos em breve levando as reivindicações aos poderes competentes», conta Jaqueline.

No Brasil faltam políticas públicas que coíbam a prática deste crime e entidades engajadas nessa luta como a CHAME por exemplo, estão buscando fundamentações para então sanar essa carência de proteção pública de direitos.

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Ilustração: Allan McDonald